sábado, 23 de agosto de 2008

Debaixo do céu


Ao pôr-do-sol ceguei,
ao som do vento.
De teu olhar me separei,
a fogo lento.
Vi-te o céu e vi-te o seio,
trespassei-te pelo meio,
segui em frente sem freio,
flôr da minha vida.
Deixei que a nossa guerra
se travasse, dorida
dor de ser sofrida,
sem um caír de estrela.
Dorido ser
pela dôr de ter
e não mais ver
escondi-me frágil
em meu castelo.
No medo fácil
de sê-lo
e sê-lo só,
julguei-me seguro
atrás da artilharia.
Idiota puro,
mal sabia
que sem te amar
regressaria ao pó.

3 comentários:

Ana Jones disse...

fui moura nessas ameias,
descalça por entre as laranjeiras...
fui moura e fui cristã,
quem sabe grega, mordi a maçã...

eterno, oh tejo! sempre o foste...

Anónimo disse...

Gosto das palavras do poeta,
para descrever esta imagem,
para por ainda mais completa,
esta unica e bela Paisagem.

Anónimo disse...

A imagem tá linda e o texto não fica atrás.