quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Natureza morta



Corre-te o sangue
E gelam veias
No ser estanque,
Pelas teias
Do querer
E não querer.

Verga o medo,
Verga cedo
E volta á vida.
Deixa a dor
Para depois,
Deixa o terror
Para depois.

Ceifa a vida,
Seiva ida
De repente.

Salva o momento,
Evidente
Que invento,
Previdente,
Sabendo
Que o sangue é meu.
Quebra o gelo,
Contundente,
Que me aquece,
Desesperadamente,
Morrendo
Na terra de que nascemos,
Tu e eu.

Respira,
Pesadamente,
E suspira,
Definitivamente.

6 comentários:

Susana disse...

A Natureza é ciclica: nasce, cresce, resplandesce, e morre, renascendo sobre as próprias cinzas, outra vez bela e resplandescente... Estás realmente mais focado na morte, mas também vejo alguns focos alusivos a este ciclo nas tuas palavras (corrije-me se estiver errada!).
Foto fixe :)

Ana Jones disse...

muito bonito. condiz com a fantástica foto... boa cor...
cor, sentimento e casa... soa a regresso a casa...

Cláudia d' Almeida disse...

Escusado será dizer k adorei a foto!Adoro a cor, adoro o pormenor das gotas!=) "Seifa a vida, seiva ida de repente" Gostei!***

Anónimo disse...

Boa foto!
"Deixa a dor
Para depois,
Deixa o terror
Para depois."
=)

JPPB disse...

Como uma Fénix!

Gostei das imagens escolhidas no novo blog.
Parabéns,
beijinho*

BT disse...

És tu que escreves tais coisas por debaixo de tais imagens sugestivas? Se fores temos de falar disso... :P