
Ao pôr-do-sol ceguei,
ao som do vento.
De teu olhar me separei,
a fogo lento.
Vi-te o céu e vi-te o seio,
trespassei-te pelo meio,
segui em frente sem freio,
flôr da minha vida.
Deixei que a nossa guerra
se travasse, dorida
dor de ser sofrida,
sem um caír de estrela.
Dorido ser
pela dôr de ter
e não mais ver
escondi-me frágil
em meu castelo.
No medo fácil
de sê-lo
e sê-lo só,
julguei-me seguro
atrás da artilharia.
Idiota puro,
mal sabia
que sem te amar
regressaria ao pó.